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O Panorama do Serviço de Nefrologia no Brasil- II

Publicada em 04/04/24 às 10:50h - 92 visualizações

por Professor @fabiopegos


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 (Foto: ::.Rádio Doinha Prata Fm - Brasil & Moçambique.::.Programa Ei!!! Vc Tá Aí?!.::)
Dentre as grandes e delicadas problemáticas do serviço de nefrologia no Brasil se destacam inicialmente a disparidade estrutural e a disponibilidade de vagas no serviço de filtração extracorpórea, bem como a falta de equanimidade na acessibilidade à consulta especializada para definição diagnóstica e estabelecimento da propedêutica médica.  A discrepância é sobremodo marcante quando comparada à oferta de tecnologia e estrutura dos centros de pesquisa, fabricas, insumos e serviços, e não diferentemente na formação acadêmica nas regiões sul e sudeste que abarcam aproximadamente 65% da mão de obra e serviços de nefrologia no Brasil, corroborando para um gap estrutural gigantesco entre a procura e a oferta do serviço nas demais regiões mais desassistidas deste serviço no País. De acordo com os dados do CFM (Conselho Federal de Medicina) se estima 550 mil médicos no País na última pesquisa e contraditoriamente nessa perspectiva o contingente de médicos especializados em nefrologia não perpassa 2 mil profissionais, suscitando uma tragédia anunciada no tocante a rastreio precoce e definição de conduta em tempo oportuno para o tratamento da doença renal.
No tocante à estrutura do serviço dialítico atualmente no Brasil, cerca de 70% dos mesmos são suplementares ao SUS, aproximadamente 20% são convênios estabelecidos com as Santas Casas e apenas 10% sejam oficialmente do SUS e curiosamente da massa populacional de quase 150 mil pacientes em programa de diálise 85% sejam dependentes do serviço público de diálise.

Discernente à terapia por transplante outra dramática problemática se estabelece com uma média anual de 6 mil procedimentos no País em uma demanda reprimida de quase 40 mil pacientes, além dos milhões que apresentam alguma comorbidade de base que pode precipitar uma problemática renal.

Referente à logística e disponibilidade do serviço se estima que municípios com mais de 1 milhão de habitantes que no Brasil apenas são (15) possuem terapia renal substitutiva com 100% de oferta, todavia com mais de 2 milhões de habitantes, cerca de (114) possuem 96,5% de serviço dialítico, entretanto, municípios com menos de 200 mil habitantes (5441) possuem apenas 5,3% do serviço de diálise disponível no Brasil, alavancando a região sudeste como área de maior concentração de municípios com 67% com TRS.  Em pesquisas realizadas na última década apontava entre o período de 2000-2016 nos EUA um quantitativo de pacientes que multiplicou em 4.8x e o número de serviços concomitantemente acompanhou tal crescimento multiplicando 4.6x, contraditoriamente no Brasil em 1999 tínhamos 43 mil pacientes, já em 2016: 123 mil (2.9x) o número de clínicas no mesmo período passou de 510 para 757 (1.5x) não chegou a duplicar.



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