Indubitavelmente, complexos e inúmeros fatores corroboram para um prognóstico delicado na atualidade a respeito da saúde renal.
Predispõem sobre os mesmos variados agressores, destacando-se o uso abusivo, indiscriminado e sem orientação médica de anti-inflamatórios não esteroidais e não diferentemente de aminoglicosídeos adquiridos sem controle e utilizados sem consentimento médico prejudicando assim sobremodo o funcionamento renal. Não obstante a baixa ingesta hídrica que curiosamente contrasta com o consumo de água de baixa qualidade por determinantes ambientais como o solo contaminado e carente de minerais em determinadas regiões do País, também se somam aos fatores prejudiciais aos rins. Outra problemática de destaque relevante é discernente ao próprio serviço de saúde onde a se estima que 70% dos pacientes com problemáticas clínicas tenham facilitadores para o prejuízo da função renal.
Entende-se igualmente que 20% das intervenções cirúrgicas tenham desfecho negativo para o funcionamento renal e os demais 10% estão no esquete das problemáticas perinatais, puerperais, os grandes queimados, crianças com comorbidades e malformações do sistema excretor, além das infecções urinárias de repetição em particular nas mulheres.
No tocante à mensuração do impacto inicial das doenças crônicas não transmissíveis se destacam a hipertensão arterial sistêmica e a diabetes mellitus como as patologias de maior inferência para o prejuízo renal no mundo e não obstante em países de maior comprometimento financeiro, social e que possua desassistência no serviço de saúde quer seja pela carência de mão de obra especializada ou pela logística do acesso.
Não diferentemente pacientes em tratamento antineoplásico também possuem risco de desenvolver problemáticas renais.
Pacientes em tratamento intensivo com associação de antibioticoterapia de amplo espectro por decorrência de infecções por bactérias multirresistentes levando a implicações nefrotóxicas também se tornando uma demanda de grande discussão e um desafio para o intensivismo.
Evidentemente que a manutenção de hábitos alimentares prejudiciais e a associação com etilismo e tabagismo e não obstante a obesidade e o sedentarismo, além da dislipidemia primária, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia somam-se a todos os demais aspectos aqui discriminados potencializando vertiginosamente a agressão aos rins e seu prejuízo funcional.
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Fábio Pegos
Especialista em Gestão Pública- UNEB
Especialista em Gestão em Saúde- UNEB
Especialista em Saúde Coletiva- UFBA
Especialista em Nefrologia- ATUALIZA
Especialista em Urgência, Emergência e UTI- Centro Universitário Internacional (UNINTER)
Especialista em Enfermagem do Trabalho- Universidade Cândido Mendes (UCAM)
Especialista em Docência do Ensino Superior- Universidade Cândido Mendes (UCAM)
Especialista em Análise do Comportamento Aplicada - Faculdade Dom Alberto ( FDA)
MBA Executivo em Gestão da Qualidade em Saúde e Acreditação Hospitalar- UNYLEYA
Mestre em Gestão Sanitária- Universidade Europea do Atlântico (FUNIBER)
Membro da Sociedade Brasileira de Nefrologista (SBN)
Membro da Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia (SOBEN)