A estruturação da consciência e a expertise sobre o autocuidado estão intimamente ligadas com o progresso da escolarização e isso é amplamente notório quando comparado os resultados da ambiência e da rotina escolar na primeira infância das crianças não escolarizadas.
Desenvolver precocemente entre escolares até nove anos de idade conceitos sobre a saúde tem mostrado em longo prazo quando com efeitos comparativos no atendimento a família na Rede de Atenção Primária nos Programas da Unidade de Saúde da Família a reprodução desses saberes quando a estratégia foca na interação saúde e educação, ora escola e unidade de saúde em prol da verdadeira e efetiva promoção da saúde, quando a criança se torna um interlocutor em casa e se efetiva na consulta quando os responsáveis são atendidos.
Nos cursos de especialização técnica em hemodiálise e das graduações de enfermagem e medicina nas práticas médicas no SUS, a discussão de temáticas relevantes em saúde e dentre elas a nefrologia adequada a todas as idades e para múltiplos saberes estabelece a certeza da reprodução desses conhecimentos e a esperança da mudança de hábitos deletérios.
Na perspectiva da Atenção à Saúde é evidentemente e mais coerente a mitigação dos fatores predisponentes para a lesão renal em crianças e tais observações são facilmente notadas quando constatado o incremento das políticas públicas no tocante à orientação nutricional nos Centros Municipais de Educação Infantil, por exemplo, quando o educando possui um cardápio elaborado dentro das necessidades nutricionais do índice de massa corpórea, além do cuidado e higienização do manejo dos alimentos e da oferta das refeições por parte das merendeiras. Não diferentemente, o trabalho dos professores e auxiliares no acompanhamento dos alunos em sala na percepção mais básica de alguma suspeita que salienta a necessidade de uma avaliação do profissional de saúde, passando por um aumento na freqüência urinária, pequenos inchaços, desconforto gastrointestinal ou cansaço e até fadiga que o aluno apresente durante o período na unidade escolar.
Para além do aspecto informacional aliado ao lúdico, ainda se estabelece um elo de maior apropriação de informação por parte no repasse aos educadores e não diferentemente aos pais em reuniões onde tais demandas podem ser tratadas e assim os aspectos preventivos podem ser de fato efetivados.
Por certo quando tratativas sobre alimentos ultraprocessados são realizadas, aspectos sobre alimentação saudável e atenção a elevação dos triglicerídeos, colesterol, e o alto consumo de sal e açúcar além dos aspectos cardiovasculares indiscutivelmente irá elucidar questões do cuidado com a saúde dos rins.
Informar sobre a percepção prévia da alteração da função renal, mudanças na rotina das crianças, discutirem mais temáticas com o adequado consumo de água faz parte de longo processo parceiro com a educação que os profissionais de saúde realizam.
Quantos aos especialistas técnicos e graduandos incutir e fomentar essa expertise são fundamentais para proliferar tais informações, alinharem o que se aprende na escola e faculdade repassando aos outros na verdadeira corrente do bem em prol da nefrologia, além de garantir que outros também desfraldem uma bandeira em prol da saúde dos rins.