Inquestionavelmente, a projeção e relevância, bem como variadas interfaces nas muitas clínicas, tais como a cardiovascular e respiratória, a doença renal crônica vem ocupando sobremodo notoriedade nos perfis de morbidade e não diferentemente na mortalidade no seu espectro crônico e agudo como nunca dantes de acordo com as pesquisas mais atualizadas em nefrologia.
Dados recentes apontam para o número crescente no avanço da DRC e suas múltiplas motivações, em especial decorrentes a hábitos deletérios, como o tabagismo e etilismo, e não obstante ao crescente número de doenças crônicas não transmissíveis e autoimunes. Pesquisas recentes indicam que 1 em cada 10 pessoas no mundo é portador de DRC e os expressivos números de óbitos a cada ano prospecta ser uma das 10 causas mortis mais relevante da atualidade e infelizmente projeções nada animadoras sobre seu avanço necessitam ser velozmente discutidas e indubitavelmente as políticas de estado necessitam ser ainda mais discutidas, implementadas e melhoradas para o enfrentamento desta que promete ocupar dentre em breve o destaque dos índices de mortalidade em especial em pacientes em desenvolvimento.
É salutar e emergencial que ações contundentes em suma na Atenção Primária sejam implementadas para a rastreabilidade mais efetiva e precoce e que ações de identificação em grupos prioritários sejam antecipadas e colocadas de forma protocolar para que a sensibilidade dos profissionais assistentes seja mais acentuada e por assim fazer melhorando o início da terapêutica evitando agravamentos maiores.
Vale ressaltar que a identificação tardia na Atenção Primária, corrobora para o maior impacto no serviço secundário demandando maior aporte especializado em nefrologia e decorrente à realidade de acesso ao mesmo, culmina no maior acionamento do serviço de filtração extracorpórea nas unidades hospitalares devido à identificação sobremodo demorada e pelo agravamento clínico, chegando à realidade de internação até nas UPAs- Unidades de Pronto Atendimento que não dispõe de tal serviço corroborando para o aumento do serviço de regulação e espera por intervenção nos casos de IRA por exemplo.
A pertinente, adequada e incessante discussão sobre a DRC como resultado de lesões paulatinas, progressivas e irreversíveis que acometem os rins provocadas por doenças como, glomerulonefrite, diabetes, hipertensão, infecções urinárias repetidas, cálculos renais, entre outras, que tornam o rim incapaz de realizar as suas funções e entender que se trata de uma doença de elevada morbidade e mortalidade, e que se apresenta assintomática nos primeiros estágios é uma das mais básicas e importantes medidas de enfrentamento desta problemática e isso pode ser realizado nos mais variados ambientes propondo uma séria reflexão sobre a educação popular em saúde e seu enfrentamento aos determinantes de saúde e não obstante a operacionalização da ESF.