inegável que as contribuições inerentes à melhor avaliação diagnóstica com o aporte de imagens corroboraram para a maior exatidão na conclusão dos diagnósticos médicos e inquestionavelmente na nefrologia em particular auxiliou grandemente na propedêutica estabelecida em especial na nefrolitíase, dentre outros comprometimentos renais.
Todavia as discussões sobre tais contribuições normalmente vem entrecortadas pela preocupação do potencial agressivo à função renal provocada pelos contrastes iodados e a utilização de gadolínio e sua concomitância na nefrotoxicidade.
Porém as inovações e novas perspectivas sobre os contrastes propõem um novo olhar sobre sua utilização, haja vista que os contrastes mais nefrotóxicos estão caindo em desuso, favorecendo assim uma nova ótica sobre essa temática. Porém as implicações clínicas ainda se mantêm indiferentes quanto aos contrastes mais e menos agressivos, todavia o risco de nefropatia induzida por contraste ou injuria renal aguda associada ao contraste ocupa lugar de destaque na avaliação diagnóstica por imagem. Pacientes com associação à prejuízo renal decorrente a contraste tem no mesmo seu fator causal principal.
Há de se considerar critérios preditivos que mensuram o risco de exposição ao contraste considerando a TFG, comorbidades, dentre outros. De sorte a conduta deve optar por solução isotônica quando indicada, bem como a solução bicarbonatada que não deve exceder a solução salina normal. Já no tocante a carbocisteína não demonstrou efetividade comparada a placebos. Já o uso de diuréticos estão indicados para sobrecarga de volume, na sua inexistência são contraindicados.
Da mesma forma é pertinente a discussão sobre a via mais segura e adequada de administração do contraste e seu maior risco e não diferentemente a profilaxia para IRA associada por contraste com o questionamento sobre drogas utilizadas. Como já salientado a indicação obedece parâmetros da TFG e a prevenção está no aspecto de redução da dose de contraste e a não utilização de AINES
Discernente ao gadolínio tem relação com um agravamento raro e superestimado que é a fibrose nefrogênica sistêmica mais comumente pensada em pacientes com IRA e DRC em estágio avançado, onde com indicação adequada e para RNM os riscos podem ser superados. Já para determinados grupos de gadolínios que se diferem quanto ao risco, segue o grupo 1 com risco mais elevado, já os dos grupos 2 e 3 riscos bem mais baixos.
Em suma, os estudos mais recentes em pesquisas sobre a atuação dos grupos 1-3 de gadolínio de acordo com a analise e estadiamento não se deve usar gadolínios do grupo 1. Já com o paciente em IRA deve se aguardar a recuperação da função e usar do grupo 2. A avaliação da função renal é opcional para gadolinio do grupo 2 e necessária para o grupo 3. Doses padrão de gadolinio dos grupos 2 e 3 não oferecem nefrotoxicidade importante. As mesmas recomendações se aplicam a pacientes que recebem medicamentos nefrotóxicos , quimioterapia ou TC com contraste.