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Síndrome Urêmica: quando você decide se estudará ou não nefrologia!

Publicada em 02/08/24 às 10:42h - 15 visualizações

por Professor Fábio Pegos @fabiopegos


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 (Foto: Divulgação)

A síndrome urêmica indubitavelmente é uma das nefropatías de maior complexidade e relevância da medicina, devido ao alto impacto sistêmico e o prejuízo inerente à homeostase corporal, ocupa assim papel de destaque igualmente da equipe multiprofissional da saúde, demandando de suporte e avaliação nutricional, da assistência da equipe de  enfermagem, e do apoio laboratorial, dentre outros. Inquestionavelmente a elevada taxa de uréia sérica corrobora decididamente para múltiplos, delicados e complexos prejuízos ao equilíbrio interno em especial na estrutura e funcionamento cardiovascular, pulmonar e respiratório, mas não obstante acentua também o mal funcionamento em muitos outros sistemas. Tipificada por manifestações clínicas e bioquímicas derivadas da descompensação da taxa de uréia associada a outras escórias devido o déficit da função renal que, em geral, se apresenta quando clearance de creatinina alcança valores abaixo de TFG 10 ml/min. As características do estado urêmico são decorrentes do grau elevado de azotemia que se estabelece, devido à incapacidade do rim conseguir a excreção desse nitrogenado e a dificuldade  da manutenção da constância do meio, que vão afetar diversos sistemas, a saber o trato gastrointestinal, endócrino, hematológico e o sistema nervoso central. Nesse estado de acumulação tóxica de uréia o paciente já vem apresentando uma deterioração paulatina e progressiva da função renal culminando na necessidade de hemodiálise. 


No tocante ao sistema nervoso o paciente pode apresentar sonolência, perda de memória, tremores , confusão mental, convulsões, desorientação, torpor e pode chegar ao óbito. Discernente ao sistema  cardiovascular o paciente pode evoluir para miocardiopatias, pericardite e aterosclerose acelerada. Já no que tange ao sistema digestório, anorexia, náuseas, vômitos, estomatite, gengivite, parotidite, gastrite, esofagite, duodenite e úlcera péptica são achados recorrentes. 
No que se refere ao sistema respiratório ocorre pneumonite, pleurite e edema pulmonar comprometendo assim também o equilíbrio ácido base.

Se tratando das implicações endócrinas surge atrofia testicular, disfunção ovariana, amenorreia, dismenorreia, hiperparatireoidismo dentre outras.

No ponto de vista do impacto no sistema tegumentar ocorre o ressecamento do cabelo, prurido e alteração da pigmentação.
Enfim, gosto de  pensar que uma doença de tão grande complexidade e que remete a uma análise múltipla disciplinar não lhe convencer a ser nefrologista, nada mais será..rsrs 



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