A delicada, numerosa e complexa demanda reprimida de clientes no aguardo do transplante renal em nosso País retrata uma faceta delicada que envolve determinados atores nessa discussão sobre direito, acesso e saúde pública, tais como a política, aspectos éticos e religiosos. De acordo com estatísticas recentes denotam que o Brasil chega a aproximadamente a operacionalizar 5 mil procedimentos por ano, sendo notoriamente um dos mais exitosos do mundo a despeito da fila de espera com mais de 40 mil pacientes aguardando por um rim.
Há muito se especula a aplicabilidade e êxito das intervenções cirúrgicas utilizando rins de animais nos pacientes que aguardam o enxerto, essa indiscutivelmente tem sido a inquietude que acompanha todos os processos de engenharia genética no que tange garantir segurança e além de tudo procedimentos factíveis e exequíveis inicialmente para posteriormente pensar em escala e inseridos como política pública no SUS para o enfrentamento da demanda reprimida.
Variadas tentativas no transcorrer da recente história médica foram realizadas e em geral todas com alta taxa de insucesso quer seja pela rejeição e processos infecciosos e em suma pelo desconhecimento e não vinculação com o sistema imune, que remeteu um avanço considerados nos estudos com a utilização de imunossupressores e
corticoides para a abordagem à rejeição e no manejo de processos infecciosos.
Em 2024, diferentemente dos demais anos onde a utilização de transplantes com outros animais igualmente tiveram baixa taxa de eficácia, foi utilizado o xenotransplante com o rim suíno, onde comparativamente a taxa de sucesso têm maior propensão pelas características que se assemelham aos humanos. Em suma, o processo de clonagem se assemelha ao da ovelha Dolly do século passado, porém com melhorias substanciais. Os testes demonstram resultados satisfatórios e promissores, passando pela clonagem até a testagem consentida em pacientes com morte encefálica, todavia a problemática está em analisar os paciente em condições elegíveis e as comorbidades que possam comprometer o enxerto.
Além das problemáticas referidas estão os riscos inerentes do processo cirúrgico, as altas doses de imunossupressores e sua hepatotoxicidade bem como demais efeitos colaterais. Em suma, as pesquisas deverão avançar, inovações e melhorias estão por vir, pois a necessidade é premente e urgente haja visto o número crescente de pacientes renais .