A baixa adesão da DPA pelo serviço de
nefrologia nas unidades de terapia intensiva fortalece o incremento
da utilização da hemodiálise intermitente, haja visto que a
operacionalização da terapia prolongada ainda permanece onerosa,
estando disponível em poucas UTIs, onde ainda a maior parte utiliza
na propedêutica ao paciente gravemente enfermo a HD intermitente
como forma terapêutica, mesmo que o paciente não disponha do melhor
teto adequado para a realização da sessão. Portanto, a DPA oferece
uma alternativa a determinados pacientes que necessitam de um modelo
operacional dialítico mais próximo do fisiológico e que por
conseguinte seja menos agressivo.
Como já discorrido anteriormente a DPAC tem
utilização mais domiciliar. A DPA tem utilização igualmente
domiciliar e hospitalar a depender da disponibilidade e rotina de
utilização pelo serviço de nefrologia. Vale destacar que para o
paciente em LRA que precise de depuração de excretas nitrogenados e
metabólicos com maior precisão e rapidez com menor disponibilidade
de variação de líquidos a HDI é a modulação mais adequada, como
já salientado dentre suas vantagens e desvantagens.
No tocante a homeostase do K por exemplo, há
de se considerar que enquanto na HDI a rotina se concentra na
problemática da hiperpotassemia, já na DPA consideramos com mais
frequente o inverso, a hipopotassemia como uma ocorrência que deverá
ser ajustada na solução dialítica a ser infundida na cavidade
peritoneal.
Dentre as possibilidades de oferta da modulação
dialítica peritoneal temos a forma intermitente (trocas rápidas,
com média de permanência da solução dialisante de 30 minutos,
sessões de 16-24 horas, 2-3 X/semana). A diálise peritoneal
contínua (4-6 sessões, com permanência da solução dialisante no
peritônio de 4-6 horas, durante 24 horas no módulo manual ou
automatizado. Diálise peritoneal por tidal ( trocas rápidas com 20
minutos de permanência, com sessões 8- 10 horas diariamente por
meio manual ou automatizado.
Nas considerações da nefrologia intensiva
defendida por vários autores e colaboradores da Sociedade Brasileira
de Nefrologia a diálise peritoneal de alto volume e de fluxo
contínuo, as alternativas mais recentes para a abordagem ao paciente
com LRA nas UTIs consiste em utilizar grande volume de dialisato em
trocas rápidas e períodos curtos de permanência com sessões
contínuas de 24 horas/ por 7x/ semana, enquanto a última se
caracteriza pela infusão e drenagem simultâneas de dialisato por
dois cateteres, todavia há de se considerar as complicações
mecânicas pela utilização de dois acessos.