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O paciente gravemente enfermo e a disfunção múltipla de órgãos e sistemas

Publicada em 06/12/24 às 00:50h - 76 visualizações

por Professor Fábio Pegos @fabiopegos


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 (Foto: Divulgação)
A caracterização do paciente gravemente enfermo, em muito propiciada pelo comprometimento renal, demanda da equipe assistente um olhar visionário que antecipe as intercorrências, que esteja habilitada para nefrointervenção, haja visto que determinadas síndromes clínicas agudizadas podem caracterizar a gravidade do paciente, bem como a interação danosa que se reflete em demais órgãos e sistemas. Portanto, a atenção aos biomarcadores da doença renal, os fatores predisponentes crônicos e agudos que apontam para a injúria renal e a capacidade acurada e antecipada de distinguir dentre os diagnósticos diferenciais, é condição sine qua non para uma atenção focal e direcionada ao nefropata. 

As complicações pré renais, intrínsecas dos rins e pós renais podem coexistir no mesmo paciente com lesão renal aguda. As preocupações com a elevação da creatinina quer seja por nuances crônicos ou agudos, a análise do débito urinário e a diminuição da taxa de filtração glomerular como preditor de gravidade no paciente têm tido um destaque particularizado no risco de mortalidade do paciente intensivo. O carácter abrupto da isquemia renal, a taxa de filtração diminuta com concentração elevada de excretas com débito urinário em estado de oligúria, sendo menor 0,5 ml/kg/ h  por mais de 12 horas e o grau azotêmico grave instaurado também contribui para disfunção múltipla de órgãos e sistemas. 

A disfunção múltipla de órgãos e sistemas está atrelada ao componente da função renal no que tange a manutenção do equilíbrio do meio interno proporcionada pelos rins, que decorrência de traumas diversos, doenças infecciosas e choques, podem favorecer o desenvolvimento de tubulopatias e por conseguinte problemas na filtração, corroborando para uma homeostase dificultada pelo acúmulo de excretas e seu prejuízo direto em órgãos e demais sistemas. 

 É importante destacar que a nefrointervenção é a propedêutica mais usual para se manter a homeostase contra os efeitos deletérios dos excretas nitrogenados, como também evitar a acidose metabólica, decorrente da DMOS. Vale destacar que a disfunção múltipla de órgãos e sistemas terá seu acervo sintomático, muito associado ao sistema comprometido.



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