Reconhecidamente, dentre os fatores predisponentes mais prioritários para a manutenção elevada dos índices de morbimortalidade em pacientes portadores de DRCT (doença renal crônica terminal) a doença cardiovascular se apresente inquestionavelmente, dentre os determinantes mais delicados, tanto para a propedêutica, como igualmente, frente às intercorrências mais corriqueiras na terapia renal substitutiva. Vale destacar que a associação multifatorial de fatores de risco, tais com o diabetes mellitus, a hipertensão arterial, a hipervolemia, a hiperfosfatemia, as alterações importantes de ritmo cardíaco e indubitavelmente, as cardiopatias associadas, denotam entre os condicionantes que mantém a incisiva prevalência da doença cardiovascular como principal fator de mortalidade em DRC.
Obviamente, que a propedêutica para a abordagem do paciente hipertenso, constitui condição sine qua non na redução do comprometimento cardiovascular
Não obstante, os renais crônicos dialíticos portadores de diabetes mellitus possuem fatores complicadores associados à doença coronariana e à insuficiência cardíaca.
Possuem maior dificuldade no controle da glicemia, tendo na hemoglobina glicada o limiar de 8% dependendo do perfil do paciente e da repercussão da doença, quando situação não tão grave.
O monitoramento da pressão arterial no período interdialítico é o mais adequado para as ponderações e definições do quadro hipertensivo, haja visto que a hipervolemia e a retenção de sódio são os fatores predisponentes principais. Convém ressaltar que o aumento do inadequado do tônus muscular e a hipertensão ventricular esquerda.
Quanto ao tabagismo, estudos demonstram associação clara com a piora da DRC, culminando com a elevação da taxa de mortalidade em dialíticos, além da óbvia correlação com a doença cardiovascular.
Referente à hipercolesterolemia é um achado comumente encontrado em pacientes em HD e DP. A trigliceridemia é mais notada em pacientes em DP.
O cuidado está no acompanhamento das dosagens de colesterol, do uso de estatinas, bem como da importância da dieta e da realização de exercícios físicos que reverberam na melhora do perfil de risco cardiovascular.